Pneu tem validade?

Pneu tem validade?

Você já se perguntou se o pneu que você usar no seu automóvel tem validade? Pois é, de acordo com a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), pneu não tem prazo de validade. Porém, apesar dessa constatação, as empresas que produzem o equipamento costumam estabelecer um prazo médio de garantia, que costuma ser de até cinco anos após a fabricação.

PRAZOS IMPORTANTES

Apesar da constatação da ANIP de que o pneu não possui validade, é necessário sempre estar atento a dois prazos muito importantes para garantir a saúde do seu pneu. O primeiro pode ser identificado a partir do DOT, ou seja Department of Transportation, que indica quando foi produzido por meio de um código numérico. Os dois primeiros dígitos significam a semana que o pneu foi produzido, e os dois últimos o ano. Então, se um pneu é marcado com 1522, ignifica que ele foi fabricado na décima quinta semana de dois mil e vinte e dois.

Com base nessa data é possível determinar por quanto tempo o material do pneu vai manter suas características originais, sendo estabelecido até cinco anos.

A segunda data é estabelecida após o sexto ano de uso do pneu. Atingido esse marco, a aderência no asfalto e a estabilidade do pneu são comprometidos e vão piorando à medida que os anos se passam. Nessas condições, o pneu pode ser utilizado por até dez anos antes que se torne um perigo. Ou seja, se um pneu foi produzido em 2010, o uso deve ser interrompido em 2020.

Após esse tempo, continuar usando o pneu pode causar uma explosão devido às trincas que aparecem nos fundos dos sulcos.

O QUE CAUSA O DESGASTE

Os pneus são compostos basicamente por diferentes tipos de borracha, incluindo camadas de poliéster, náilon e até aço. Por isso, é importante lembrar que o desgaste do produto não ocorre apenas durante seu uso direto, ou seja, contato com o asfalto. A ação do tempo, das temperaturas e do ambiente às quais ele é submetido são fatores decisivos na avaliação da validade do pneu.

Isso significa que se um pneu é muito utilizado em uma estrada de terra as condições que ele enfrenta durante esse percurso podem desgastar seu material com maior rapidez, além da ação dos minerais da terra. Outro exemplo é o uso do automóvel em uma cidade próxima ao litoral, onde ele sofre influência além dos minerais do sal que predominam na região, além da temperatura.

Dessa forma, é possível perceber que o pneu não sofre desgaste apenas pelo atrito com o piso. Os desgastes químicos e físicos influenciam diretamente na durabilidade do produto, podendo torna-lo ressecado e sem flexibilidade.

Por conta dessa influência externa, o pneu estepe, ou seja, aquele que não está rodando, também sofre com esses desgastes e deve ser monitorado e trocado se atingir sua data de validade.

QUAIS OS RISCOS DE ANDAR COM UM PNEU COM A VALIDADE VENCIDA?

Já falamos sobre o risco de explosão que o pneu está submetido se ultrapassar o marco de dez anos após a data de fabricação, mas é preciso reconhecer que, assim como um pneu careca torna o veículo mais propenso a derrapar e ser perfurado, quando ele está fora da validade ele está mais sujeito a furo e fissuras.

Além disso, pneus vencidos tendem a ter sua estrutura deslocada. Isso quer dizer que toda a estrutura feita de aço pode mudar de posição sem aviso prévio, o que faz com que o produto perca sua função e interfira em sua rodagem, já que é ela que sustenta a forma do pneu.

COMO SABER QUANDO O PNEU ESTÁ VENCIDO?

Além de observar as datas validade que apontamos anteriormente, é preciso avaliar as condições dos pneus no que diz respeito ao desgaste. A profundidade dos sulcos: é utilizado como referência de desgaste, não podendo ser menor que 1,6 milímetros.

Para realizar a medição é simples, podendo ser feita com um paquímetro ou utilizando o TWI, Tread Wear Indicator, um indicador de desgaste da banda de rodagem, que sinaliza em qual posição está o TWI, que são ressaltos inseridos nos sulcos dos pneus e que indicam o limite mínimo de profundidade que cada um deve ter ou o limite máximo de desgaste do pneu.

COMO FAZER A MANUTENÇÃO DE PNEUS

Para garantir que o uso de seu pneu está adequado, é necessário realizar algumas tarefas, que podem ser preventivas ou meramente com fins informativos.

É preciso manter os pneus devidamente calibrados, certificando regularmente que todos os pneus estão balanceados. Além disso, é importante fazer o alinhamento das rodas e inspecionar os pneus com frequência, trocando-os de acordo com as condições de tempo.

Uma recomendação muito importante é não misturar e combinar pneus, substituindo-os sempre que necessário. Recorra ao rodízio de pneus caso o fabricante do produto recomende.

Existem três características essenciais em seu automóvel que devem estar em da para que o pneu seja conservado:

– Alinhamento

O alinhamento da direção é o ajuste da posição das rodas na suspensão, garantindo segurança e estabilidade ao dirigir, evitando que o veículo puxe a direção para um dos lados e que haja desgaste irregular dos pneus.

– Balanceamento

O balanceamento é uma técnica de equilíbrio do conjunto de roda/pneu por meio da aplicação de contrapesos fixos na roda. O balanceamento é fundamental para a conservação do pneu já que impacta diretamente em seu desgaste irregular.

– Calibragem

A calibragem consiste no ato de regularizar a pressão dentro dos pneus, devendo ser a mesma para todos os pneus do automóvel para evitar desbalanceamento. A técnica deve ser feita periodicamente, preferencialmente com os pneus frios, e principalmente antes de longos percursos.

POSTS RECENTES

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando você concorda com a nossa política de privacidade.